O governo Lula/Dilma tinha um propósito: gerar empregos e
melhorar a renda do Brasil. Justíssimo, já que passamos por anos de recessão no
governo Fernando Henrique. Tem gente que não lembra, mas além do grande feito
de derrubar a inflação a um nível europeu o PSDB também foi responsável por uma
crise tão ruim quanto a inflação de antes.
Era preciso superar isso, o medo do desemprego, a falta de
espectativa dos jovens. Era uma boa meta para o PT porque isso era necessário. Mas
passar 12 anos tendo apenas essa meta é muito vazio.
Desenvolvimento, crescimento e empregos. É difícil criticar
isso, não é o que todos querem? Já tivemos alguns intervalos assim, na ditadura
militar, no governo Kubistcheck… Desenvolvimento, crescimento e empregos. Lindo
né? Mas isso não resolve os problemas do Brasil porque nosso país tem problemas
“conceituais”. A concentração de renda, o coronelismo, desigualdades regionais,
a corrupção… Para superar isso é preciso um debate ideológico. Mas o PT se despiu de ideologia pela governabilidade.
Para
crescer é preciso ter escolas técnicas que qualifiquem mão de obra para
empresas, menos sociologia e mais engenharia para fazer as obras que o Brasil
precisa. Por isso as escolas de hoje buscam indicadores, não criar cidadãos. Dilma disse que “somos um país que formava mais advogados que engenheiros. Advogado é custo, engenheiro é produtividade”. Vale considerar que advogado é o que Dilma consegue enxergar nas ciências humanas.
Sem discutir as questões ideológicas de justiça social,
distribuição de renda, garantia de direitos a agricultores familiares,
indígenas, extrativistas, o PT fez o favor de criar novos eleitores para PSDB.
O PT criou uma geração de jovens que são clientes do governo, que considera que
seus direitos são proporcionais ao valor dos impostos pagos. O eleitor que quer
espaço na área VIP.
O partido não se deu conta de que essa opção também é ideológica. Para crescer é preciso aumentar o consumo. O cidadão consumidor é um cupim que quer sempre mais, ser rico para ter mais. Assim a nova classe média quer garantidos os seus direitos de crescimento e prosperidade, desprezando as desigualdades sociais. Querendo ser rica, se torna de direita.
O partido não se deu conta de que essa opção também é ideológica. Para crescer é preciso aumentar o consumo. O cidadão consumidor é um cupim que quer sempre mais, ser rico para ter mais. Assim a nova classe média quer garantidos os seus direitos de crescimento e prosperidade, desprezando as desigualdades sociais. Querendo ser rica, se torna de direita.
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