sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sófter Livre

Como diz Gilberto Gil, o Sófter Livre é uma revolução cultural. A cultura aqui está nos meios de produção, não somente na arte, como o censo comum está acostumado pensar. O software livre aumenta seu público usuário à medida que aperfeiçoam-se suas ferramentas e sua usabilidade.

Mas tem um quê ideológico aí. Na verdade tem ideologia em tudo, recentemente as pessoas começaram a acusar um oponente de ideológico para desqualificar seus argumentos. Pensando ideologicamente você não enxerga os fatos como são, mas filtrados pela lente ideológica.

O que tem de ideológico no software livre?

Imagine um bando de gente trabalhando junto, sem chefe e sem salário. Como podem trabalhar juntos? O que dá a liga? O desafio.

Agora imagine que esse bando de gente trabalha junto mas à distância. Estão desenvolvendo ferramentas, mudando linhas de programação, formas de botões, as vezes, só deixando mais bonitinho. Se você abrir a ficha do programa vai ver que alguns tem dezenas de programadores.

O mesmo problema que o Quadrisônico mostrou com Maurício de Souza acontece no mundo dos programadores. Quem recebem os créditos são as empresas. Quando você reporta um problema esse bug será convertido numa nova versão, sem o problema que você ajudou a identificar. Mas você terá que pagar pela nova versão.

Eu uso Linux por isso, porque tem uma lógica de produção generosa e colaborativa. Porque é de graça e é legal (na lei). Porque dissemino essa cultura de conhecimento livre.

Numa busca rápida você encontra uma dúzia de tutoriais e mais uma dúzia de fóruns sobre soluções.

Eu uso ideologicamente. Já Rui Ogawa, samurai em TI livre, tem seu slogan pronto: "Por que Linux? Porque funciona!" Nessa ideia equivocada de ideologia, quando alguém é ecologista é ideológico, quando é "desenvolvimentista" é neutro?


Ubuntu e suas janelas gelatinosas, 4 áreas de trabalho em cubo

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